Ontem fomos todas Marias da Fé Bettancourt Marins. Todas Diadorim’s, tal qual a personagem de João Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas.
Travestidas de jagunças, em referência à luta pela sobrevivência feminina, nesse Sertão que é a cidade de São Paulo, que é o nosso Brasil.
Sertão ‘onde manda quem é forte, com as astúcias’. E disso, a gente aprende desde cedo. A astúcia de ser forte e de suportar as dores; a astúcia de se adaptar e contornar situações; a astúcia de fazer e ser tantas coisas juntas e ao mesmo tempo; de se esquivar dos perigos; de trabalhar e trabalhar tão mais; de estudar e estudar para tentar uma boa posição; de se submeter a baixos salários, desempenhando as mesmas funções; de gritar tão mais alto para ter voz; de traçar estratégias para escapar… escapar das garras afiadas de um machismo que teima em nos oprimir… em nos suprimir.
Nossa luta é contra todos os tipos de abusos, contra todos os tipos de violência…e são tantos e tantas…
Nossa luta é por nenhum direito a menos. E nosso lugar… não é nem a frente e muito menos atrás dos homens: é lado a lado.
O SATED/SP, por meio de seu núcleo feminino, quer garantir os direitos e representar todas as artistas e técnicas do estado de São Paulo.
Cremos na utopia de uma sociedade mais justa e igualitária.
Marchemos então!
Giovanna Galdi – Diretoria SATED-SP
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