O Setorial Técnico do SATED-SP repudia as declarações feitas pela Abrafesta por meio do portal R7 e convoca o Governo do Estado de São Paulo para dialogar com as entidades representativas dos trabalhadores técnicos.
É notável o despreparo e a desinformação revelados na matéria, como trabalhadores organizados e que querem combater notícias falsas e a desinformação trazemos argumentos que propõem o contrário. O que acontece é que com a volta dos eventos represados, muitas empresas baixam o orçamento devido a concorrência, e isso acaba sendo repassado de modo obrigatório aos trabalhadores, ou seja com esse modo precarizante de relação de trabalho, os profissionais da área de eventos não aceitam trabalhar com os caches ofertados e com as condições estipuladas
O SATED-SP, por exemplo, estima um número de 15 mil profissionais técnicos no Estado de São Paulo. Existem diversas entidades representativas e sindicatos que podem legitimar a existência desses trabalhadores através de registro profissional. Somos uma profissão regulamentada e é fundamental que se cumpra a lei e convenção que estabelece carga horária, cachê, dentre outros direitos para os trabalhadores.
Entendemos e valorizamos os processos formativos e lutamos para que se ampliem de maneira aprofundada, com qualidade e segurança. Que valorize e melhore o bem-estar dos trabalhadores e não precarize ainda mais o trabalhador técnico.
Ao Governo do Estado, colocamos que, se há uma preocupação com essa classe, é importante ouvir – mais do que os representantes patronais – os trabalhadores, estamos organizados, temos conhecimento, planos concretos e nosso ponto de vista para apresentar e dialogar. A começar pela implementação de concursos públicos para técnicos qualificados nos equipamentos culturais do Estado, além de exigir e valorizar – nas avaliações de projetos aprovados em editais, concursos, concorrências e licitações – o cumprimento da lei e convenções que estabelecem carga horária, cachê, dentre outros direitos dos trabalhadores técnicos. A administração pública deve entender o técnico como elemento necessário nos equipamentos culturais do estado e que sua pesquisa e conhecimento sejam valorizados tais como todos os artistas, de maneira autônoma e não “na mão” de empregadores.
Concluímos que a matéria jornalística equivocadamente fala no geral, de forma raza propõe um pensamento desvalorizante que invisibiliza ainda mais os trabalhadores técnicos de São Paulo e demonstra uma total falta de conhecimento do funcionamento da máquina cultural da cidade, sem falar do estado e do país nos fazeres, artísticos e culturais
Assina a carta toda a diretoria técnica 2022 – 2025 #avancasatedsp